terça-feira, 13 de outubro de 2009

LITERATURA ARGENTINA

Sobre a literatura argentina traduzimos de um manual dos inícios do século XX (COMPÊNDIO DE LITERATURA ARGENTINA, por Emilio Alonso Caiado, 3.ª ed., Buenos Aires, 1908)o seguinte:
PRÓLOGO
(...)

A literatura argentina não admite outras divisões, para quem a estudar ou ensinar a sua história e evolução cronológica, metodicamente, a não ser as que surgem dos factos históricos mais importantes e transcendentes da hegemonia nacional.
Não se podem enumerar escolas porque o classicismo com Juan Cruz Varela não teve seguidores, o romantismo de Echevarría, de Mármol e de Andrade não viveu senão reflexos mais ou menos brilhantes, o decadentismo só produziu chispas, o naturalismo só teve cultores isolados.
Tão pouco podem servir de base as denominações gerais de Poesia, História, Novela, etc., pois quase todos os intelectuais argentinos figuraram exprimiram-se em mais de uma destas manifestações de espírito, consequência directa da falta do literato profissional, entre nós.
Assim vemos um Mármol poeta, romancista, dramaturgo e jornalismo; um Juan Maria Gutiérrez crítico, romancista, poeta, historiador e jornalista; um Sarmiento prosista de uma intensidade extraordinária, o mesmo como orador, polemista e historiador psicólogo; um Vicente Lopez historiador e romancista;um Mitre historiador, jornalista, orador e poeta; reduzindo-nos as estes casos clássicos para abreviar, pois poderiam citar-se sem esforço muitos outros exemplos contemporâneos.
Por estas razões, cremos ser a divisão mais indicada, a que separa a literatura argentina por épocas, sob a seguinte forma:
- Época Colonial até 1810.
- Época da Revolução e da Independência (1810-1830)
- Época Moderna (1852-1880)
- Época Contemporânea, de 1880 até aos nossos dias.

(cont.)

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