sexta-feira, 27 de novembro de 2009

LITERATURA ARGENTINA - PRIMEIRAS TENTATIVAS LITERÁRIAS

(Continuação)
Ainda durante o governo do vice-rei Vertiz, e pouco tempo depois do teatro, inaugurou-se a primeira imprensa.
Isto deu algum movimento à literatura, ainda que ao principio apenas servisse para publicar éditos ou pastorais, não tardou a ser empregue para trabalhos de maior transcendência, como foi a edição que, em 1766, se fez dos Principios de la ciencia económico-politica, que traduziu do francês o mais tarde famoso general Manuel Belgrano.
A ela também se deve a publicação das Poesias fúnebres à memória do vice-rei Melo, cujo autor foi o presbítero D. Manuel Fernández de Aguero, que escreveu depois Poesias misticas e também uma composição em décimas intitulada Miserere.
Depois de haver a imprensa, pouco tardou em aparecer o jornalismo, que nasceu em 1801 com El Telégrafo Mercantil, Rural, Politico, Económico, é Historiógrafo del Rio de la Plata, fundado sob os auspícios do vice-rei Marquês de Avilés e do Real Consulado, e dirigido por D. Francisco Antonio Cabello.
Como colaboradores e com composições de diferentes temas, vemos figurar nas suas colunas os nomes de Lambardén, Azcuénaga, Casa Mayor, Eugenio del Portillo, Manuel Medrano, Prego de Oliver e outros.
Do último dos citados são uma ode, de estilo elegante, A España em sua decadencia, e alguns versos eróticos; porém o que lhe deu mais nomeada foram os seus Cantos à las acciones de guerra con los ingleses, en las provincias del Río de la Plata, en los años 1806 y 1807. A última obra que se conhece dele é uma sátira, Himeneo, publicada em 1810.
Ainda que os Cantos de Prego de Oliver chamassem grandemente a atenção, foi mais celebrado e conservou maior reputação tradicional El triunfo argentino, de D. Vicente Lopez, devido sem dúvida ao facto de poder-se considerar como o primeiro resplendor da poesia patriótica argentina, ao exaltar o patriotismo do povo de Buenos Aires.
A Reconquista foi tema fecundo, que para além das já citadas composições inspirou um Romance historico e um hino A la gloriosa defensa de Buenos Aires, obras do presbítero D. Pantaleón Rivarola. Também se cita um Poema, sobre o mesmo assunto, escrito por Gabriel Ocampo.
[Emilio Alonso Criado]

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

LITERATURA ARGENTINA - PRIMEIRAS TENTATIVAS LITERÁRIAS

(Continuação)
Ao madrileno Bernardo de la Vega, residente no reino de Tucumán, deve-se uma novela intitulada El Pastor de Iberia, publicada em 1591.
Também, entre os literatos desta época, é citado Luís Pardo, poeta andaluz, ainda que não nos tenha chegado nenhuma das suas obras.
É porém depois da fundação da universidade de Córdoba, em 1622 por Frei Fernando de Trejo y Sanabria que a literatura toma um pouco de incremento no vice-reinado da Plata, ainda que dado o carácter dos estudos daquela época, todas as suas obras são mais de controvérsia religiosa que de literatura, propriamente dita.
Isto tem uma explicação fácil, se repararmos que eram todos religiosos os que escreviam, contando somente a Companhia de Jesus com mais de duzentos nomes entre professores, pregadores, filósofos e historiadores.
Entre estes trabalhos encontram-se alguns importantes como os que escreveram os jesuítas Techo, Xarque, Lozano y Guevara, sobre a história religiosa e civil do país.
Também se cita deste tempo, o poema La religión en el nuevo mundo, do P. Peramás, assim como umas Crónicas do jesuíta Gervasoni e uma obra em dois volumes devida a Jorge y António Ulloa, que se intitulava Noticias secretas.
Porém a importância que ia tomando Buenos Aires, como capital do vice-reinado, começou a atrair elementos de progresso, de que havia carecido.
Durante o governo do vice-rei Vertiz, inaugurou-se o primeiro teatro ou Casa pública de comédias, como se chamava naquele tempo e teve muito êxito.
(Emílio Alonso Criado)

domingo, 15 de novembro de 2009

LITERATURA ARGENTINA - PRIMEIRAS TENTATIVAS LITERÁRIAS

(Continuação)
Capítulo II [Emilio Alonso Criado]

A literatura começou nestas regiões, como noutras partes da América, por crónicas e relações do descobrimento e da conquista, entre estas encontram-se as de Ulrico Schmidel, que tomou parte em 1534 na expedição de D. Pedro de Mondonza e os Comentários do "adelantado" Alvar Nunez Cabeza de Vaca, que se imprimiram em 1555.
As anteriores foram escritas em prosa, porém também houve crónicas em verso, de alguma importância, ainda que nunca comparáveis com os grandiosos poemas de Ercilla ou Castellanos nem de outros cantores, que nas diversas regiões do novo continente, afinaram as suas liras no rugido das suas pampas e no arrolhar das suas frondosas selvas, ou combinaram com o sublime da abstracção poética, os ferozes ímpetos exalados pelo valente selvagem, no meio das lutas cruéis da conquista da americana.
A primeira obra desta natureza, escrita nestas regiões foi La Argentina, poema histórico de que foi autor o extremenho D. Martín del Barco de Centenera (1572).
O seu mérito como poema é escasso, para além de ser muito deficiente a inspiração, está cheio de incidentes que entorpecem a narração, o seu estilo é muito pobre e descuidado.
A sua importância está centrada na parte histórica, tanto como cronista do "adelantado" Ortíz de Zárate, tanto como biógrafo do fundador de Buenos Aires, D. Juan de Garay.
Apesar das suas deficiências, é a obra mais interessante que se conhece da literatura colonial nos séculos XVI e XVII.
(contínua)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

LITERATURA ARGENTINA - ÉPOCA COLONIAL

(Continuação)
A "literatura colonial" refere-se ao cultivo que teve o pensamento sob todas as formas, durante o tempo da dominação espanhola, no território que hoje constitui a República Argentina.
Aquela literatura pode dizer-se que foi uma planta exótica transplantada para um solo virgem; nada mais que um ribeirito que vai desaguar na corrente mãe. Trata-se simplesmente, neste caso, de averiguar e constatar o caminho seguido entre nós pelos que se dedicaram às letras, estudando o alcance das produções do espírito debaixo das influências imediatas que obraram neste solo.
Não há em geral, na literatura deste tempo, um livro que leve a marca desse tempo. Se à rude luta pela vida num ambiente mesquinho juntarmos a monotonia de uma sociedade onde a influência estrangeira era desconhecida, que passava os seus dias alheada e sonolenta no meio dos assaltos e tropelias ou de etiquetas e cerimónias, cuja vida privada representavam a sujeição, a ignorância e a superstição, com isso se explica a pobreza em produções de génios.
Alguns historiadores negam a existência de uma "literatura colonial".
Nesta época embrionária do pensamento argentino, quando a literatura não só não era fomentada, senão combatida na América oprimida; quando a maior das bibliotecas conventuais (únicas que existiam) contava apenas com uns mil volumes, dos quais segundo os historiadores mais conceituados, novecentos e oitenta, pelo menos, versavam sobre a moral religiosa e filosofia escolástica, não havendo literatura propriamente dita senão por acaso algum Séneca, algum Josefo, algum De Officiis, de Cícero.
A literatura colonial é a fusão do sangue espanhol e o espírito crioulo, podendo considerar-se esta época do pensamento como um ramo da literatura espanhola e como o gérmen da literatura argentina. (continua)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

LITERATURA ARGENTINA

(Continuação)
O estudo da nossa literatura nacional vai adquirindo cada vez maior importância e despertando mais interesse, o que é perfeitamente lógico se se observa que não passa um ano sem que o seu caudal se enriqueça com o contingente de obras sempre mais sólidas quanto ao seu fundo e mais perfeita estética quanto á forma.
O seu estado actual é verdadeiramente próspero e fecundo em todas as suas manifestações, afastando-nos cada vez mais das imitações ou da reminiscência das obras europeias, cujos rastos são fáceis de rastrear na produção intelectual de épocas anteriores.
Em lugar de reconhecer que é impossível, em poucas linhas, passar revista a todas as obras de mérito publicadas nestes últimos anos, só recordaremos algumas de cada género literário
Un libro extraño de Francisco Sicardi é talvez a novela mais intensa e realista da nossa literatura contemporânea, notável pela força da sua prosa, a vida das suas personagens e a novidade das suas ideias.
A Prosa que chamaríamos lírica alcançou uma expressão de sublime beleza em Mis Montañas de Joaquín V. Gonzalez.
Rozas y su tiempo de Jose Maria Ramos Mejía é um pedaço da história argentina examinado e analisado por um critério que une à sua grande cultura, raras qualidades de observação psicológica.
De estilo semelhante, quanto à tendência da obra é o Facundo, notável estudo histórico de David Peña.
Ernesto Quesada com El Criollismo colocou a crítica literária numa dimensão que nunca tinha alcançado entre nós, fundindo nas páginas do seu livro a sua vastíssima erudição e os seus dotes de sociólogo eminente.
A poesia conta entre os seus felizes cultores José Palacios, cujo pseudónimo, Alma fuerte, sintetiza de maneira admirável a virilidade da sua veia poética; Leopoldo Diaz de inspiração delicada e harmoniosa; Ricardo Rojas, figura jovem do parnaso argentino, que se revelou com La victoria del hombre, em cujas páginas chama a atenção a eloquente fibra de poeta e intelectual superior.
Na oratória, o nome de Belisario Roldán apresenta-se-nos como um expoente de eloquência florida e elegante.
Muitas são as produções do teatro nacional que mereciam, especialmente, citar-se, porém a sua larga enumeração levar-nos-ia fora do propósito, por isso recordaremos somente Jesús Nazareno de Enrique García Velloso, drama de ambiente crioulo porém com tendências simbolistas; Más allá de la vida (Oltre la vita) de José Léon Pagano, que percorreu triunfante os cenários europeus; Próspera de David Peña, comédia sociológica e política; Sobre las ruinas, profundo estudo da nossa evolução social e Marco Sereri, simpático e comovedor triunfo dos sentimentos humanitários sobre os preceitos legais, ambas obras de Roberto J. Payró; El Arlequin de Otto Miguel Cione, tragédia em que se alternam momentos tão intensa como original beleza, com rasgos de suprema emoção dramática; Las de Barranco comédia de ambiente popular cheia de realismo admirável, original de Gregorio Laferrère; não citando muitas outras obras de valor, representadas ultimamente, em alguns casos, para não levar esta brevíssima resenha a limites que não são apropriados neste lugar, e noutros, por não serem argentinos os seus autores.
Os autores estudados neste Compêndio não são os únicos cuja produção intelectual merece, especialmente, citar-se.
Para que fosse completo havia que agregar, aos que acabamos de nomear e aos incluídos nas páginas do texto, muitos outros já antigos ou contemporâneos, como Manuel José García, Julián Segundo Aguero, Gregório Funes, Frei Justo de Santa Maria de Oro, José Agustín Molina, José Rivera Indarte, Pedro Medrano, Carlos Encina, Florencio Balcarce, Luis L. Domínguez, Marcos Sastre, Claudio Mamerto Cuenca, Ramón Diaz, Tristan Achaval Rodríguez, Pedro José Agrelo, Eugenio Cambaceres, Melchor Pacheco y Obes, Manuel Antonio Castro, José María Paz, Adolfo Mitre, José María Cantilo, Bernardo Vera y Pintado, Juan Godoy, Juana Manuela Gorriti, Lola Larrosa de Ansaldo, Juana Paula Manso, Eduardo Mansilla de García, Domingo Martinto, Manuel Inurrieta, Miguel Irigoyen, Adolfo Lamarque, Eduardo Gutiérrez, Juan Lussich, Gervasio Méndez, Manuel Argerich, Julián Martel, Tomás Gutiérrez, Santiago Estrada, José S. Alvarez, José Zuviría, Miguel Cané, Enrique E. Rivarola, Joaquin Castellanos, Martín Coronado, Osvaldo Saavedra, Rafael Obligado, Francisco Sicardi, Vicente y Ernesto Quesada, Martiniano Leguizamón, Juan Agustín García (Filho), Lucas Ayarragaray, Calixto Oyuela, Osvaldo Magnasco, Martín García Mérou, Leopoldo Lugones, Cárlos Octavio Bunge, Enrique Rodríguez Larreta, EstanislaoS. Zeballos, Lucio V. López, Daniel García Mansilla, Angel de Estrada (Filho), Martín C. Aldao, Francisco Soto y Calvo, Cárlos Navarro Lamarca, Hector Quesada, Cárlos María Ocantos, Adolfo Saldias, José Ingenieros, Pedro J. Naón, Rosario P. De Godoy, Emma de la Barra, Alfredo Méndez Caldeira, Jorge Sohle, José Luis Cantilo, Diego Fernández Espiro, Juan Pablo Echague, Alberto Ghiraldo, Mário Sáenz, Eusebio Gomez, Ezequiel Soria, Manuel Ugarte, Arturo Jiménez Pastor, Atilio Chiapori, Emilio Becher, Luis María Jordán, César Iglesias Paz, Salvador Oria, Manuel Galvez (Filho), Alberto Tena, Martinez Zuviria, que têm produzido páginas formosas na história, na poesia, na novela, no teatro, na oratória e no jornalismo.
Também na geração jovem, na que se inicia, descobrem-se desde já muitos nomes que de pronto figurarão honrosamente nos anais da literatura nacional, prestando-lhe o vigor juvenil dos seus anseios e aspirações e trazendo novas e generosas ideias às múltiplas manifestações da nossa cultura intelectual.
Porém, este luminoso conjunto exige, a quem queira abarcá-lo, a elaboração de um livro extenso, labor superior às nossas forças e ao nosso propósito, que, como o já temos dito, está limtado a responder, da melhor maneira possível, aos programas oficiais.
Emilio Alonso Criado

terça-feira, 13 de outubro de 2009

LITERATURA ARGENTINA

Sobre a literatura argentina traduzimos de um manual dos inícios do século XX (COMPÊNDIO DE LITERATURA ARGENTINA, por Emilio Alonso Caiado, 3.ª ed., Buenos Aires, 1908)o seguinte:
PRÓLOGO
(...)

A literatura argentina não admite outras divisões, para quem a estudar ou ensinar a sua história e evolução cronológica, metodicamente, a não ser as que surgem dos factos históricos mais importantes e transcendentes da hegemonia nacional.
Não se podem enumerar escolas porque o classicismo com Juan Cruz Varela não teve seguidores, o romantismo de Echevarría, de Mármol e de Andrade não viveu senão reflexos mais ou menos brilhantes, o decadentismo só produziu chispas, o naturalismo só teve cultores isolados.
Tão pouco podem servir de base as denominações gerais de Poesia, História, Novela, etc., pois quase todos os intelectuais argentinos figuraram exprimiram-se em mais de uma destas manifestações de espírito, consequência directa da falta do literato profissional, entre nós.
Assim vemos um Mármol poeta, romancista, dramaturgo e jornalismo; um Juan Maria Gutiérrez crítico, romancista, poeta, historiador e jornalista; um Sarmiento prosista de uma intensidade extraordinária, o mesmo como orador, polemista e historiador psicólogo; um Vicente Lopez historiador e romancista;um Mitre historiador, jornalista, orador e poeta; reduzindo-nos as estes casos clássicos para abreviar, pois poderiam citar-se sem esforço muitos outros exemplos contemporâneos.
Por estas razões, cremos ser a divisão mais indicada, a que separa a literatura argentina por épocas, sob a seguinte forma:
- Época Colonial até 1810.
- Época da Revolução e da Independência (1810-1830)
- Época Moderna (1852-1880)
- Época Contemporânea, de 1880 até aos nossos dias.

(cont.)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

AUGUST WILSON - DRAMATURGO

O dramaturgo americano August Wilson faleceu em 2 de Outubro de 2005, com a idade de 60 anos. O seu nome verdadeiro era Frederick August Kittel.
Publicou um ciclo de 10 peças (redigidas entre 1980 e 2004) sobre a condição dos Negros americanos no século XX. Tornou-se célebre com as peças Fences (Barrières) e The Piano Lesson (La leçon de piano), as duas coroadas com o prémio Pulitzer em 1987 e 1990.
in LIRE, n.º 340, Novembro, 2005, p. 33

terça-feira, 29 de setembro de 2009

CÉSAR AIRA - Escritor argentino

César Aira é um escritor argentino com uma vasta obra que abrange mais de 60 títulos, que vão do romance ao ensaio, passando pelo teatro e a novela, sem esquecer um dicionário de autores latino-americanos.
Nasceu em 1949, em Colonel Pringles, na província de Buenos Aires e vive em Buenos em Buenos Aires desde 1967.
Foi interdito pela censura e encarcerado pela junta militar do seu país por ter sido membro de um grupo trotskista.
Apaixonado por Raymond Roussel e Arthur Rimbaud, César Aira é professor universitário e tem feito traduções do francês e do inglês.
in LIRE, Novembro de 2005

segunda-feira, 27 de julho de 2009

FRANK McCOURT (1930-2009)

Frank McCourt, filho de emigrantes irlandeses, nasceu em Brooklyn, Nova Iorque, em 1930.
A sua infância foi passada em Limerick, na Irlanda, transformou-a num livro, As Cinzas de Angela, que lhe valeu o prémio Pullitzer, em 1997. Além disso escreveu ainda Esta é a minha terra e o livro Teacher Man.
Frank McCourt, durante cerca de 30 anos ensinou Inglês e escrita criativa na cidade de Nova Iorque.
Faleceu a 19/7/2009, com 78 anos, vitima de uma meningite.
in TIME, vol. 174, n.º 4, 2/8/2009

SOPHIE CALLE - ARTISTA CONCEPTUAL

Sophie Calle, uma artista conceptual, apresenta uma mostra no Sesc Pompeia, S. Paulo, no Brasil, cujo tema gira em torno de uma carta de rompimento que o seu namorado, o escritor Grégoire Bouiller lhe enviou.
Sophie Calle distribuiu essas carta por 107 mulheres para que cada uma delas a interpretasse à sua maneira.
A lista das convidadas vai desde a mãe da artista, a compositora Laurie Anderson, a DJ Miss Kittin, as actrizes Jeanne Moreau, Victoria Abril e Maria de Medeiros.
in http://br.noticias.yahoo.com/s/14072009/11/entretenimento-pe-na-bunda-vira-arte.html
2009/07/25

segunda-feira, 29 de junho de 2009

FRED ASTAIRE

O actor Fred Astaire, um dos mais fantásticos actores e bailarinos norte-americanos, morreu 22/06/1987, aos 88 anos.
in JORNAL DE NOTÍCIAS de 22/06/2009

JUDY GARLAND

A actriz norte-americana Judy Garland faleceu, em 22/06/1969, com a idade de 47.
in JORNAL NOTÍCIAS de 22/06/2009

sábado, 21 de fevereiro de 2009

V CONGRESSO INTERNACIONAL DA LÍNGUA ESPANHOLA - CHILE

Vai realizar-se em Valparaíso, no Chile, o V Congresso Internacional da Língua Espanhola, de 2 a 5 de Março de 2010.
O Congresso terá como lema "América em Língua Espanhola".
Durante estes congresso serão homenageadas 4 figuras da cultura chilena: os prémio Nobel Pablo Neruda e Gabriela Mistral; e os poetas Gonzalo Rojas e Nicanor Parra.
inwww.cervantes.es

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O GRUPO ARGENTINO "EL PAN DURO"

O Grupo El pan duro foi fundado por poetas argentinos, em 1955, que propunham uma poesia vinculada à acção política, popular, recorrendo ao uso de linguagem coloquial, ligada a temas urbanos e que seguia uma tendência
tangueira. O Grupo reconhecia a influência imediata de César Vallejo e Raúl González Tuñón e com este último do Grupo Boedo, que na década de 20 inaugurou a literatura social na Argentina.
O Grupo era integrado por jovens poetas, militantes da Juventude Comunista, como Juan Gelman, José Luis Mangieri, Hector Negro, Hugo Ditaranto, Juan Hierba (Nemirosky), Carlos Somigliana, Júlio César Silvain, Juana Bignozzi, Navalesi, Harispe e Mase.
es.wikipedia.org/wiki/Juan_Gelman

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

JUAN GELMAN VENCE O PRÉMIO CERVANTES

Juan Gelman foi o quarto autor argentino a receber o Prémio Cervantes.
Filho de judeus ucranianos emigrados na Argentina, Juan Gelman nasceu em Buenos Aires, em 1930.
Inicialmente, dirigido para um curso de Químico, viria a abandoná-lo em 1948 para se dedicar ao jornalismo, à política e à poesia.
Em 1955, foi um dos membros fundadores do grupo de poetas "El pan duro" que era composto por militantes comunistas propunham uma poesia comprometida e popular.
Mais tarde, em 1967, viria a abandonar o Partido Comunista, tendo formado o grupo "Nueva Expressión" e a editora "La Rosa Blindada" que difundia livros de esquerda rejeitados pelo comunismo ortodoxo.
Em 1975, ameaçado de morte, abandona o país. O filho e a nora, grávida, no ano seguinte viriam a engrossar as, tristemente, célebres listas de "desaparecidos". As suas publicações no exílio foram marcadas pelo doloroso clima de derrota e perda que Juan Gelman sofreu.
O poeta veio, em 1990, a descobrir os restos do filho, e, em 2000, a encontrar no Uruguai a sua neta Macarena.
in lisboa.cervantes.es

sábado, 17 de janeiro de 2009

A ARTE DA CRUELDADE

O artista plástico Habacuc, em Agosto de 2007 recolheu um cão doente e faminto e expô-lo na Galeria Códice, em Manágua, capital da Nicarágua. O cão terá morrido de fome e sede durante a mostra.
A instalação de Guillermo Vargas Jimenez (Habacuc é o pseudónimo)foi considerada um grito de revolta.
Durante a noite de 10 de Novembro de 2005, um emigrante da Nicarágua, a viver à 9 anos na Costa Rica, Leopoldo Natividad Canda Mairena, de 25 anos, saltou a vedação de uma empresa de Cartago e foi atacado por dois rottweilers. O ataque durou 54 minutos, tendo ocorrido seguranças, polícia, bombeiros e foi filmado e exibido na televisão. O jovem emigrante morreu vítima de cerca de duas centenas de mordedelas sem que os cães tenham sido abatidos por instruções do dono da empresa.
Habacuc quis recriar a indiferença e e a hipocrisia geral em torno desse caso.
O que fica de tudo isto: arte, acto político, crueldade, loucura colectiva.
in NOTÍCIAS SÁBADO, 26 de Abril de 2008, O CÃO COMO OBRA DE ARTE, Nuno Cunha

sábado, 3 de janeiro de 2009

ROBERT RAUSCHENBERG (1925-2008)

Este artista utilizou pedaços de coisas sem interesse - sapatos velhos, pneus abandonados, páginas de revistas rasgadas -, transformando-as em misturas majestosas.
in TIME de 29 de Dezembro a 5 de Janeiro de 2009.

SYDNEY POLLACK (1934-2008)

A este realizador americano ficamos a dever filmes como "África Minha" (Out of Africa)que dá uma visão romântica da escritora Karen Blixen em terras africanas; "As Brancas Montanhas da Morte"; "A Calúnia", um filme que aborda as responsabilidades da imprensa; "O Castelo dos Maldorais"; "Os Cavalos também se abatem"; "A flor à beira do pântano" com argumento de Francis Coppola a partir de uma peça de Tennesse Williams; "Havana"; "Tootsie", uma comédia em que um actor desempregado se veste de mulher; "Os Três dias do Condor" e "Yakuza".

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

DAVID FOSTER WALLACE (1962-2008)

David Foster Wallace foi um dos escritores mais proeminentes da sua geração. Na sua escrita dissecou os problemas da existência no século XXI, através de inteligentes e divertidos romances, histórias e ensaios.
O seu principal tema foi a distância existencial que separa as pessoas umas das outras, uma distância que ele passou a sua vida a tentar ligar com palavras.
in TIME de 29 de Dezembro de 2008 a 5 de Janeiro de 2009.

CYD CHARISSE (1922-2008)

Nos anos 50, grandes musicais de Hollywood, Charisse foi uma rainha da dança. Memorável foi a sua participação com Gene Kelly, em Singin' in the Rain's em "Broadway Melody Ballet"; em "The Girl Hunt" com Fred Astaire.
Nasceu no Texas com o nome Tula Finklea, tendo dançado nos Ballets Russos com pseudónimos russos, antes da MGM lhe ter reamericanizado o nome.
A passagem de Charisse pelo cinema foi breve. Após isso trabalhou em nightclubs com o seu marido , o cantor sentimental Toni Martin.
in TIME de 29 de Dezembro de 2008 a 5 de Janeiro de 2009.

PAUL NEWMAN (1925-2008)

Actor de cinema norte-americano que personificou o anti-herói. Fora do écran, a vida de Paul Newman pautou-se por um comportamente de grande rigor ético. Entre a sua filmografia incluem-se filmes como BUTCH CASSIDY, SUNDANCE KID, THE STING e THE COLOR OF MONEY.
in TIME, 29 de Dezembro de 2008 e 5 de Janeiro de 2009.