quinta-feira, 26 de novembro de 2009

LITERATURA ARGENTINA - PRIMEIRAS TENTATIVAS LITERÁRIAS

(Continuação)
Ao madrileno Bernardo de la Vega, residente no reino de Tucumán, deve-se uma novela intitulada El Pastor de Iberia, publicada em 1591.
Também, entre os literatos desta época, é citado Luís Pardo, poeta andaluz, ainda que não nos tenha chegado nenhuma das suas obras.
É porém depois da fundação da universidade de Córdoba, em 1622 por Frei Fernando de Trejo y Sanabria que a literatura toma um pouco de incremento no vice-reinado da Plata, ainda que dado o carácter dos estudos daquela época, todas as suas obras são mais de controvérsia religiosa que de literatura, propriamente dita.
Isto tem uma explicação fácil, se repararmos que eram todos religiosos os que escreviam, contando somente a Companhia de Jesus com mais de duzentos nomes entre professores, pregadores, filósofos e historiadores.
Entre estes trabalhos encontram-se alguns importantes como os que escreveram os jesuítas Techo, Xarque, Lozano y Guevara, sobre a história religiosa e civil do país.
Também se cita deste tempo, o poema La religión en el nuevo mundo, do P. Peramás, assim como umas Crónicas do jesuíta Gervasoni e uma obra em dois volumes devida a Jorge y António Ulloa, que se intitulava Noticias secretas.
Porém a importância que ia tomando Buenos Aires, como capital do vice-reinado, começou a atrair elementos de progresso, de que havia carecido.
Durante o governo do vice-rei Vertiz, inaugurou-se o primeiro teatro ou Casa pública de comédias, como se chamava naquele tempo e teve muito êxito.
(Emílio Alonso Criado)

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